Tchiloli
O tchiloli
é considerado por muitos uma das manifestações artísticas mais representativas
e de maior valor criativo existente nas ilhas. Teatro de rua, habitualmente
representado nas festas religiosas, o tchiloli ou tragédia Marquês de Mântua,
cujo argumento reporta à corte medieval europeia, encena um dilema moral
extremo: um pai, o Imperador Carlos Magno é confrontado com um filho homicida e
é dilacerado pelo conflito entre deveres paternais privados e os deveres da
justiça pública.
Auto de Floripes
O Auto de Floripes é uma festa antiga, que o povo guarda e cumpre todos os anos no dia 15 de Agosto. Nesta data, a mais pequena cidade do globo – Santo António do Príncipe, transforma-se no maior palco do mundo, recebendo turistas de todo planeta.
Sendo uma lenda, o Auto de Floripes conta a história de mouros e cristãos.
O ato desenrola-se nas principais ruas da capital de santo António. No início, observamos dois embaixadores, cada um com a sua bandeira, que ao som do apito e do tambor vão percorrendo as artérias da cidade. A seguir, após estarem reunidos vão à procura do chamado Galalão, a quem se faz a entrega da bandeira e este, por seu turno, vai ao encontro dos outros de nome: Autor, Duque Regner, Ricarte, Urgel de Danoa, Duque Nemé, Oliveiros e Alerinos. GUI de Borgonha, após o encontro com Galalão, entrega a bandeira a Roldão que, de seguida, vai à busca do imperador Carlos Magno. Após estarem juntos, efetuam marchas em direcção ao «Castelo» pequena casa em forma de madeira coberta por panos, e que se situa mesmo em frente da igreja local.
Os embaixadores tal como os cristãos, todos de vermelho, dirigem-se em busca do rei turco. Outros se juntam, desta vez a Orangel que marcham em busca de outros companheiros. Murada busca, Floripes, Burlante, Sortibão de coimbres e por fim o Almirante Balão que juntos com o seu «exército «atravessam a fortaleza de Carlos Magno rumo ao castelo.
Um outro momento que desperta o interesse dos populares, é quando vão buscar os bobos à Ribeira Forca, na periferia da cidade, e cujo nome tem origem na execução por enforcamento de vários piratas que atacaram a ilha em tempos remotos. Os bobos, extravagantemente vestidos, proferem imensos dislates e tomam as atitudes mais ridículas, despertando a hilaridade geral. Estes figurantes, além do seu papel de colaboradores do gigante, brincam e fazem o «policiamento» da festa afastando os espectadores incomodativos que se estendem ao longo do passeio.
A Festa chega o seu ponto culminante com a traição do Floripes ao seu pai Almirante Balão, por amor ao Gui de Borgonha, um fiel soldado do Imperador Carlos Magno. Com essa traição é preso o Almirante Balão e morto.
No fim deste ato, que tem muito de pantomima, todas as personagens se põem em marcha cantando e tocando tambores, cornetas e buzinas, acompanhadas dos espectadores, percorrendo alegremente as ruas da cidade.
Sendo uma lenda, o Auto de Floripes conta a história de mouros e cristãos.
O ato desenrola-se nas principais ruas da capital de santo António. No início, observamos dois embaixadores, cada um com a sua bandeira, que ao som do apito e do tambor vão percorrendo as artérias da cidade. A seguir, após estarem reunidos vão à procura do chamado Galalão, a quem se faz a entrega da bandeira e este, por seu turno, vai ao encontro dos outros de nome: Autor, Duque Regner, Ricarte, Urgel de Danoa, Duque Nemé, Oliveiros e Alerinos. GUI de Borgonha, após o encontro com Galalão, entrega a bandeira a Roldão que, de seguida, vai à busca do imperador Carlos Magno. Após estarem juntos, efetuam marchas em direcção ao «Castelo» pequena casa em forma de madeira coberta por panos, e que se situa mesmo em frente da igreja local.
Os embaixadores tal como os cristãos, todos de vermelho, dirigem-se em busca do rei turco. Outros se juntam, desta vez a Orangel que marcham em busca de outros companheiros. Murada busca, Floripes, Burlante, Sortibão de coimbres e por fim o Almirante Balão que juntos com o seu «exército «atravessam a fortaleza de Carlos Magno rumo ao castelo.
Um outro momento que desperta o interesse dos populares, é quando vão buscar os bobos à Ribeira Forca, na periferia da cidade, e cujo nome tem origem na execução por enforcamento de vários piratas que atacaram a ilha em tempos remotos. Os bobos, extravagantemente vestidos, proferem imensos dislates e tomam as atitudes mais ridículas, despertando a hilaridade geral. Estes figurantes, além do seu papel de colaboradores do gigante, brincam e fazem o «policiamento» da festa afastando os espectadores incomodativos que se estendem ao longo do passeio.
A Festa chega o seu ponto culminante com a traição do Floripes ao seu pai Almirante Balão, por amor ao Gui de Borgonha, um fiel soldado do Imperador Carlos Magno. Com essa traição é preso o Almirante Balão e morto.
No fim deste ato, que tem muito de pantomima, todas as personagens se põem em marcha cantando e tocando tambores, cornetas e buzinas, acompanhadas dos espectadores, percorrendo alegremente as ruas da cidade.
Danço Congo
Como o próprio nome diz, o Danço Congo ou Dança do Capitão, tem a sua origem no Congo, tendo sido introduzido na ilha de São Tomé pelos trabalhadores na era colonial. Essa dança é praticada pelos Angolares que ficaram muito tempo fechados às influências europeias. É uma dança violenta, muito ritmada que mobiliza todo o corpo. Foi também proibida na época colonial e pouco apreciada pelos "filhos da terra". Encena uns trinta dançarinos sob a orientação de um capitão acompanhado do "logoso do anso mole" (anjo da guarda da roça que morre), de dois "anso canta" (anjos cantores), de dois "pé-pau" (dançarinos em andas), de quatro doidos, de um feiticeiro, de um "zugozugo" (ajudante feiticeiro), de um "djabo" (diabo), de quatro tocadores de tambor, o resto dança tocando canzas. Os trajos são muito coloridos, sarapintados, o feiticeiro, o seu ajudante e o diabo usam disfarces terrificantes, outros usam grandes chapéus. O tema do cenário é a disputa pela herança da Roça.